A provisoriedade da nossa condição é da ordem do paradigma.
No entanto, o pensamento/discurso corrente incorpora-a de forma ridícula. O novo dicionário não ilustrado rastejou até alguma dessa re-terminologia da feira política
Reconhecer os erros - Processo mental que resulta duma disfunção do fecho-éclair da braguilha que acaba por se entalar no chafariz da vida
Repor a verdade – Processo marxista que consiste em injectar pela segunda vez o “ópio” que se tenha mais à mão, no povo que estiver mais a jeito
Reavaliar a situação – Registo mental de natureza contabilística que visa transformar um de mundo pautado pela “incausalidade” num outro quadriculado pela incerteza
Retomar o processo - Sonho de registo antropológico que nos coloca com um pauzinho na mão a esfregar num monte de folhas secas
Redefinir os conceitos – Proto-mito(?) Freudiano falhado(?), e ainda por cima mal assimilado pelos indigentes da mudança, que os faz descortinar complexos onde estão meros falhos de nexos.
Recolocar a questão – Movimento próximo da dança do ventre que ginga em torno de dúvidas inoportunas e pretende transformá-las em orações jaculatórias.
Repensar toda a legislação – Momento empolgante em que o neurónio do legislador, afagado pela mão da banal realidade, pode dar origem a uma nova ejaculação precoce
Rever procedimentos – Destino inglório de uma sequência de poker político que é obtida no meio de um jogo da bisca eleitoral
Reinventar a democracia – Sonho do mamífero ocidental que não desgruda do seio materno, mas que anseia por bife com ovo-a-cavalo
Etiquetas:
dicionário não ilustrado
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