Vê-se que pensou em arrancar num tour d’horizon mas apelou-lhe mais o Bildungsroman, não tivesse sido uma criança absolutamente
desinteressante. Temi que se tornasse num patchwork
fútil mas acredito que foi resgatado pelo modelo de roman à clef em que acabou por se tornar. Não desperdiçou momentos exclusivos
em huis clos, nem nenhum teaser que a inspiração lhe serviu no
prato. Optou muitas vez pelo sottovoce
não fosse o papel rasgar, se bem que a naïveté
o terá traído nalgumas cenas, das quais apenas saía com o recurso ao close reading decorado com um ou outro hors texte. A conversation pièce em que se transformou nalguns trechos não
impediu algum divertissement a unir o
bas-fond ao beau
monde como se fossem duas faces da mesma moeda e a fornecer a complexidade
do mundo para funcionar como pièce de
resistance. Infelizmente não resistiu ao clássico melting point que todo o burlesco acarreta e nem o grand finale conseguiu compensar a falta
do derradeiro punch. Todos temos a petite
vie que merecemos.
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