verso à terça (*)

Desatarei a fantasia em cauda de pavão num ciclo de matizes,
entregarei a alma ao poder do enxame das rimas imprevistas

V. Maiakovski , in Escárnios (1916, tradução de Augusto de Campos)

(*) mas já a entrar pela quarta

1 comentário:

  1. Asas servem para voar
    Para sonhar ou para planar
    Visitar, espreitar, espiar
    Mil casas do ar

    As asas não se vão cortar
    Asas são para combater
    Num lugar infinito, num vácuo
    Para respirar o ar

    As asas são para proteger
    Te pintar, não te esquecer
    Visitar-te, olhar, espreitar-te
    Bem alto do ar

    [...]

    Mas só quando quiseres pousar
    Da paixão que te roer
    É um amor que vês nascer
    Sem prazo, idade de acabar
    Não há leis para te prender
    Aconteça o que acontecer.


    GNR, Asas

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